
Top 5 mitos sobre os preenchedores faciais
Desmistifique os mitos sobre preenchedores faciais com base técnica: entenda reologia, planos de aplicação, segurança, documentação e como alinhar expectativas sem perder naturalidade.
Por que surgem tantos mitos?
Casos isolados, interpretações de imagens sem contexto e a confusão entre tipos de produto e técnicas acabam virando “verdades”. Na prática clínica, o resultado depende de análise facial, perfil reológico do gel (G’, viscosidade e coesividade), plano de aplicação, volume e experiência do profissional. Produtos com indicações distintas exigem abordagens diferentes; por isso, comparações simplistas alimentam mitos.
Os 5 mitos mais comuns — e o que é verdade
Mito 1 — “Preenchimento deixa sempre artificial”
Falso. “Artificial” está relacionado a excesso de volume, produto inadequado para o plano e objetivos mal definidos. Com seleção correta e doses conservadoras, o acabamento é discreto e preserva a dinâmica facial.
Mito 2 — “Dói muito e sempre precisa de afastamento das atividades”
Falso. A dor é manejável com lidocaína nas formulações, anestesia tópica e técnica adequada. A maioria volta à rotina no mesmo dia, com cuidados simples e orientação de sinais de alerta.
Mito 3 — “Dura muitos anos e é definitivo”
Falso. A maior parte dos géis de ácido hialurônico é biodegradável; a duração depende do perfil reológico, área, metabolismo e hábitos. Ajustes e manutenções são esperados.
Mito 4 — “Tudo é igual: marca e linha não importam”
Falso. Linhas e marcas variam em G’, coesividade e processo de reticulação. Isso altera projeção, moldagem e comportamento em áreas móveis. A indicação deve considerar região, plano e objetivo.
Mito 5 — “Se der errado, não tem como reverter”
Falso. Para AH existe hialuronidase e protocolos de manejo. Prevenção, documentação de lote e anatomia bem dominada reduzem riscos e agilizam condutas.
Mito x Fato — visão rápida
Mito | Fato | Orientação prática |
---|---|---|
“Sempre artificial” | Naturalidade depende de análise, reologia, plano e volume. | Definir objetivos por região; preferir doses conservadoras e revisão. |
“Dói muito” | Desconforto é controlável com lidocaína, técnica e pós adequados. | Explicar plano anestésico e sinais de alerta. |
“É definitivo” | AH é biodegradável; duração varia por G’, área e metabolismo. | Alinhar manutenção e reavaliações. |
“Tudo é igual” | Perfis reológicos mudam por linha/marca. | Escolher pelo objetivo, região e plano. |
“Não reverte” | Para AH há hialuronidase e protocolos. | Documentar lotes, orientar e ter kit de emergência. |
Como escolher e indicar com segurança
- Planejamento por camadas: movimento (toxina) → estrutura (AH/fios) → acabamento/pele (boosters/bioestimuladores).
- Região e plano: suporte profundo para contorno/elevação; géis coesivos/maleáveis para refino superficial.
- Volume e técnica: fracionar, observar resposta tecidual, respeitar pontos de risco e dinâmica facial.
- Documentação: produto/lote, fotos padronizadas, instruções e canal de contato.
Conteúdo informativo para profissionais. Siga sempre rotulagem, treinamentos e regulamentação vigente.
Checklist rápido de pré e pós-procedimento
- Pré: anamnese dirigida, histórico de hipersensibilidade, foto padronizada, consentimento e explicação do plano.
- Pós: compressas frias, fotoproteção, evitar calor excessivo no primeiro dia e revisão quando indicada.
- Sinais de alerta: dor intensa desproporcional, palidez reticulada, alterações visuais — orientar busca imediata.
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Referências
- Kablik J, et al. Comparative physical properties of hyaluronic acid dermal fillers. Dermatol Surg. 2009.
- Sundaram H, et al. Cohesivity of hyaluronic acid fillers: correlation with properties and clinical performance. Plast Reconstr Surg. 2015.
- de la Guardia C, et al. Rheologic/physicochemical characteristics of HA fillers. PRS Global Open. 2022.
- Beleznay K, et al. Avoiding and treating blindness from fillers. Aesthet Surg J. 2019.
- Kroumpouzos G, et al. Hyaluronidase for dermal filler complications: review. 2024.
- Sociedade Brasileira de Dermatologia — recomendações gerais.
- ANVISA — medicamentos e correlatos (regulação).